Tecnica e aula de cajon percussao e seus sons
Técnica e aula de cajon percussão e tipos de som agudo, graves e médios.
TÉCNICA DO CAJON
TÉCNICA E AULA DE CAJON PERCUSSÃO
A. DA POSIÇÃO
O baterista percussionista deve sentar-se no cajón, deixando ambas as extremidades superiores absolutamente livres.
Isto deve tomar uma atitude elegante e tentar permanecer verticalmente ereto durante a sua execução.
Do mesmo modo deve evitar situações desnecessárias como por exemplo por o pé sobre a tampa de percussão,levantar exageradamente o cajón do chão e assim por diante.
B. SOM do cajón
O Cajon Peruano tem três sons:
1 - Agudos
2 - Graves
3 - Medios Som agudos
Localizado na margem superior do instrumento, o som agudo é alcançado tocando com dedos indicador, médio, anular e mínimo de ambas as mãos e a altura da articulação intermédios ou falange.
O choque de ambas as mãos, deve fazer um efeito rebote na madeira ao invés de uma só vez.
Deve ter um som similar ao do estalar os ossos dos dedos ou sapateado em madeira
O som grave do cajon
Localizado no centro da tampa da percussão e da altura de todo o comprimento do braço ou comprimento estendido do Percussionista.
O som grave do cajon é obtido batendo com uma mão, esquerda ou direito e com ambas as mãos de acordo com as necessidades.
Há três possibilidades de posição dos dedos e palma da mão para fazer os sons graves.
O primeiro toque com toda a palma na madeira e os dedos juntos (som fechado), o segundo toque colocando toda palma sobre a madeira e os dedos separados abertos (som aberto)
e o terceiro toque formando uma "concha" com a mão segurando a forma de "concha" ou configuração curva e, apenas as bordas da mão tocam a madeira (som abafado ou baixo)
O som Médio do cajon
O som médio não tem uma localização específica no instrumento.
Este som é obtido sonoramente emitida por conjunto de graves e agudos. O som ambiente é facilmente identificado e trabalhado para engenheiros de som,
com o objetivo de alcançar equalização adequada ou som do instrumento.
C. DA FLEXIBILIDADE, elasticidade e leveza dos pulsos ou munhecas
Para implementação da Técnica peruana, exige muita elasticidade e leveza nos pulsos das duas mãos, por isso recomenda-se exercícios que ajudam a alcançar a agilidade necessária
a fim de alcançar uma melhor dinâmica na sua execução.
O Cajon PATRIMÔNIO CULTURAL E DO MUNDO - El Cajón
No litoral do Peru, o som ancestral vem do cajon. Este instrumento maravilhoso com graves e agudos que Don Nicomedes Santa Cruz, descrito como "Sua Majestade" ... administrou e desenvolveu-o até atingir o pico em solo peruano.
Embora fosse impossível precisar o ano exato em que apareceu o cajon, o que poderia se afirmar é que em 1900 a existência deste instrumento já era uma realidade, como observou o historiador peruano José Antonio del Busto, em seu livro Uma Breve História dos negros no Peru.
No entanto, alguns autores que escreveram sobre a música peruana dos tempos da festa de Amancaes,
parte deles dizem que antes de 1850 já havia alguns instrumentos engenhosos de percussão e tambores que serviram de acompanhamento, este é o caso das “calabazas”, dos tambores e dos “tamboretes”. Os últimos foram pedaços de madeira aplainada em quatro suportes e feitos de troncos de árvores e corte em diferentes alturas. É polido e coberto de cada extremidade, com pele de animais.
Este instrumento poderá ser considerado um dos antecessores da nosso cajon. Anos mais tarde, como a percussão, os ritmos peruanos marcadamente influenciados pelo Espanhol, adotaram de mais elementos crioulos e negros.
Eles adotaram nomes diferentes, el landó o “lundero”, el panalivio, el aguanieves, el payandé y el festejo, após o qual a origem zamacueca, genero anterior a la marinera que se tornou a dança nacional oficial, em honra da frota naval Peruana depois da guerra com o Chile.
Esses ritmos são moldados por incluir o cajon, que se torna o instrumento de Excelência de Percussão Peruano.
No entanto, somente na década de 70 é divulgada em grande parte graças ao trabalho do lendário músico Abelardo Vasquez (que estabeleceu uma medida padrão do cajon na década de 50) do Conjunto Nacional de Folclore, dirigido por Victoria Santa Cruz, e o grupo conhecido Peru Negro, liderado pelo maestro Ronaldo Campos.
Precisamente nesta década é que o grande cajonero Caitro Carlos Soto de la Colina
entrega ao guitarrista espanhol Paco de Lucia um cajon peruano, que é há pouco tempo incorporado nos vários grupos flamenco para acompanhar os saltos e sapateados demolidores dos dançarinos. Assim, a controvérsia decorre da verdadeira origem do instrumento.
Não o bastante essa confusão, as madeiras peruanas revolucionaram o mundo da música não só a parte de companhias de flamenco, mas figuras populares como Madonna, Alejandro Sanz, Rosário, Joaquin Cortez, Mercedes Sosa, Martha Sanchez, grupos Ketama e Estopa, entre outros, incorporaram o cajon para seus shows por causa de sua riqueza de som.
A tanto fui a euforia que chegou ao instrumento peruano, agora o bongô e congas são feitas de madeira.
Não só isso, agora são construídos os famosos batajones , que não são mais do que a fusão dos tambores batá de la Santería Cubana e o cajón peruano.
Toda esta riqueza da música foi recolhida por Maria del Carmen Dongo, uma eximia Percussionista peruana e principal defensora do presente instrumento, em uma demonstração de percussão e danças negras, em que o cajon é o protagonista absoluto.
Nas mãos dessa grande embaixadora artística, o cajon torna-se de uma grande dimensão por um instrumento vital, insubstituível, que pode ser inserido em qualquer ritmo, embora a sua origem remonta a nós os ancestrais comunidades negras da costa do Peru.
Por dois anos, Maria del Carmen Dongo vem trabalhando no resgate deste instrumento.
Em suas viagens pelo mundo com vários artistas da estatura da cantora peruana Tania Liberdad ou o compositor mexicano Armando Manzanero, deixou-a descobrir ingratamente que o cajon circulava como de nacionalidade espanhola. - Como inverter esta situação? Pergunta a percussionista.
A resposta foi encontrada no palco através do ritmo do cajon.
Felizmente, o trabalho de Maria del Carmen Dongo foi ecoado no Peru.
O Instituto Nacional de Cultura declarou o cajon como Patrimônio Histórico Nacional em 10 de agosto de 2001.
O instrumento foi decorado com as cores do Peru e da nação latino-americana.
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